A Fundação Cultural de Blumenau convida a comunidade para visitar as exposições Retrato, o registro da farsa, de Marcela Tiboni, Cronofotografias do Self, de Lilian Barbon, O Espírito Descoberto, de Edith Spengler, Outra Superfície e Cidade Adormecida, do Projeto Arte Contemporânea do Sesc, e Enchentes de 83/84, 28 anos de história que nunca foram apagados, de Kako Waldrich.
A abertura aconteceu no último dia 6, quando foi lançado o livro O Tridimensional - Dimensões para arte e educação, de Roseli Moreira e o dvd dos 50 anos da Banda Municipal de Blumenau. As exposições ficam abertas à visitação pública até 23 de setembro, com entrada gratuita. O MAB fica na Rua Quinze de Novembro, 161, e o atendimento ao público é de terça-feira a domingo, das 10 às 16 horas.
Na exposição Retrato, o registro da farsa, Marcela Tiboni propõe uma história da arte sem textos, que se lê apenas através de imagens, e que parte da premissa de que as imagens que compõem esta história podem ser todas mentirosas. Desta forma, se apropria de pedaços da história, deslocando-a de seu texto e contexto e recria, inserindo seu corpo/personagem, em uma narrativa ficcional. Os personagens pintados estão em um momento performático? O retrato é o registro de uma farsa? Debruçada nesse pensamento começa a percorrer esse caminho da mentira, criando armas que não atiram, beijos imaginários, páginas de histórias inventadas. Os encontros com a arte, nas obras de Archimboldo, Rubens, da Messina, fazem parte destes diálogos que apenas o campo da arte é capaz de permitir e consolidar. Já que não estão mais em cheque discussões do campo do possível ou do impossível, pois neste território criativo, narrativo e ficcional, qualquer tipo de existência é permitido.
A mostra Cronofotografias do Self apresenta obras da artista plástica Lilian Barbon. Utilizando-se da cronofotografia para estudar o seu próprio movimento interno, de seu Self, Lilian divide-se, multiplica-se e deforma-se para compreender a si mesma. Assim no deslocamento entre a mulher fotógrafa e a mulher fotografada, entre o ser que vê e o ser que é visto, se posiciona o ser humano tentando dilucidar seu lugar no mundo, mundo este cada vez mais de aparências e incertezas.
O Espírito Descoberto. O estúdio de Edith Spengler, 84 anos, é o jardim de sua casa, localizada no bairro Garcia, em Blumenau. Seu equipamento sempre foi uma Kodak Star 635, automática, sem recursos, com mais de 20 anos de uso. Seu trabalho é o resultado de uma essência humana refinada, espiritualizada, apaixonada pela beleza intensa e fugaz dos pores-do-sol.
Mostra Sesc - Arte Contemporânea, apresenta as exposições: Cidade Adormecida, com obras de Alessandra Klug, Deda Silveira, Fabiano Wurr, Fabrício Schmidt e Guilherme Becker e Outra_Superfície, com obras de Ana Cláudia Lubitz.
Enchentes 83/84 - 28 anos de história que nunca foram apagados, de Kako Waldrich, soma a sua trajetória à experiência de seu pai em fotografias da cidade, para mostrar momentos vivenciados nas enchentes de 83/84.
Assessora de Comunicação: Marilí Martendal
Comentários